E o tempo continua a correr, a correr sem um rumo certo. Porque ninguém lhe dá um rumo por mim, e eu sinceramente não tenho sido capaz de lho dar. E ninguém o faz parar nem voltar para trás. E eu fico imóvel a olhar para o tempo. Imóvel a olhar para todas as datas que me fazem lembrar a nossa história, a vê-las passar por mim e a festejá-las sozinha na minha pobre e estúpida alma que nem sabe por onde anda. Acabou. Chega. Alcancei os meus limites. Não vou ficar mais tempo a olhar o meu reflexo ao espelho e à espera que o vento me leve os pensamentos e o meu coração pesado de ti, de coisas nossas, não é ele nem ninguém que vai fazer alguma coisa por mim. Sou eu. Vou correr com o tempo, vou procurar-me, vou conseguir encontrar-me e vou vestir-me de mim outra vez. Vou sorrir e desejar os bons dias a outros sorrisos. Vou ser eu, outra vez. Vou ficar tão quente e cansada de correr com o tempo que o meu corpo vai conseguir derreter o gelo em que me mergulhaste inconscientemente. Vou continuar a ser feliz, vou cantar no chuveiro e rebolar na relva do meu jardim.  Vou ser eu, outra vez, porque o tempo corre e niguém o faz parar nem voltar para trás.
Finalmente! Já não era sem tempo!

ps: prometo que logo que me encontrar de novo, que escrevo sobre a minha pequena aventura que passou pela brisa do amor nestes últimos tempos. escrevi para nós, para mim e para ti, e as frases que construi ficaram nas linhas dos meus cadernos, por isso decidi libertá-las.

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